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SC é o segundo estado em movimentação de contêineres. (Foto: Porto Itapoá/Divulgação)
Florianópolis, 10.06.25 – A produção industrial catarinense e suas complexidades não estão devidamente contempladas no planejamento da logística nacional e na definição de corredores logísticos prioritários e suas intermodalidades, a despeito do potencial do estado na movimentação de contêineres. Essa é a avaliação do presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano. Em evento organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, Martorano destacou a situação precária dos corredores rodoviários que dão acesso aos portos e afirmou que neles estão os principais entraves para o desenvolvimento ainda maior da atividade portuária.
Segundo maior estado na movimentação de carga industrial, SC ainda sofre com acessos deficientes aos portos, com a falta de ferrovias para o transporte de carga geral e contêineres e com a falta de previsibilidade de investimentos federais na infraestrutura do estado. As rodovias federais estão entre os principais corredores logísticos e, em muitos trechos, apresentando níveis operacionais pouco eficientes, classificados na categoria F de serviço pela Highway Capacity Manual (HCM).
Martorano destacou ainda em sua apresentação durante painel sobre o “Potencial Logístico Portuário da Baía da Babitonga” que o complexo portuário tem um enorme potencial e uma importância ímpar para a economia do estado e que os investimentos previstos pelo Porto Itapoá, corroboram essa perspectiva. Para explorar todo o potencial da Baía, no entanto, é preciso segurança jurídica e um planejamento de longo prazo, pensando no desenvolvimento dos portos como parte de uma política industrial efetiva para o país.
